Segundo um artigo publicado pela revista JAMA Ophthalm. de 18 de outubro deste ano, o eminente artista da renascença foi alvo de um estudo do qual se concluiu que Leonardo da Vinci tinha um estrabismo divergente intermitente. Esta característica ter-lhe-ia favorecido a alternância entre a visão monocular e a visão 3D, o que talvez explique a sua grande facilidade em desenhar caras e objetos a três dimensões, assim como a percepção da profundidade à distância.
O estrabismo divergente é uma patologia oftalmológica em que os olhos desviam para o lado de fora. Se for intermitente, é passível de ser corrigida com tratamentos de ortótica – exercícios de convergência – e, em casos extremos, intervenção cirúrgica.
Uma curiosidade que poucos conhecem é que na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto está guardada a única obra de Leonardo da Vinci que existe em Portugal. Trata-se do desenho “Rapariga lavando os pés de uma criança”, de cerca de 1480.